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Câmara e sindicato se unem em defesa da Lei das 30 Horas para profissionais de saúde em Juazeiro do Norte

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Foto: Lucas Vieira

Na última terça-feira (21), a Câmara Municipal de Juazeiro do Norte foi cenário de intensos debates sobre a manutenção da "Lei das 30 Horas" para os profissionais da Enfermagem, em meio a uma ação judicial movida pelo prefeito Glêdson Bezerra.

Durante a sessão plenária, a decisão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) a favor do pedido do prefeito causou descontentamento entre os profissionais da área, que compareceram em peso às galerias da Câmara em apoio à Lei Complementar Municipal nº 134/2020.

O assessor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará (SindSaúde), Rafael Lopes, expressou preocupação com o possível retrocesso que a ação poderia acarretar. Ele anunciou a colaboração entre o sindicato e a Câmara em busca de alternativas para reverter a decisão.

"Recebemos o respaldo da Câmara. A presidência e todos os vereadores manifestaram apoio para discutirmos medidas que possam ser tomadas para reverter essa situação, que traz muitos prejuízos para nossa categoria", declarou Rafael Lopes.

O presidente da Câmara, Capitão Vieira Neto (MDB), demonstrou solidariedade aos profissionais de saúde e afirmou que a Casa Legislativa e o sindicato estão unidos para apresentar recursos contra a decisão. Ele criticou a postura do prefeito, considerando-a prejudicial à categoria.

"Respeitamos o Poder Judiciário, mas questionamos a justificativa de impacto financeiro. O município possui recursos financeiros suficientes, com um orçamento superior a R$ 1 bilhão. As assessorias jurídicas da Câmara e dos sindicatos estão em comunicação para providenciar os recursos necessários", destacou Vieira Neto.

O presidente também ressaltou a disposição de levar o debate aos tribunais superiores, se necessário, a fim de garantir os direitos da categoria. "Vamos levar essa discussão ao plenário do Tribunal de Justiça do Ceará. Se preciso, iremos a Brasília para todos os recursos exigidos no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, assegurando assim esses direitos para essa classe", concluiu.

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