Esgoto x Drenagem: saiba como ligações irregulares de águas pluviais afetam a rede de esgoto
Ligações irregulares de águas pluviais dos imóveis ou do cruzamento com as redes de drenagem, além do despejo irregular de lixo, geram sobrecarga na rede de esgoto – Foto: Ambiental Ceará
Com a
chegada da quadra chuvosa no Ceará, o cenário de extravasamento de esgoto se
torna um desafio a ser superado nas cidades. Nesse período, é comum que as
redes do sistema de esgotamento sanitário fiquem sobrecarregadas por fatores
como ligações irregulares de águas pluviais dos imóveis ou do cruzamento com as
redes de drenagem, além do despejo irregular de lixo nas redes. Isso porque a
rede de esgoto e de drenagem possuem sistemas diferentes: a primeira direciona os efluentes para
estações de tratamento, enquanto a segunda, transporta o volume das chuvas para
lagoas, rios e mares.
“É
importante que a população saiba diferenciar cada sistema e que os imóveis
estejam ligados de forma correta. A rede de esgoto foi dimensionada para
receber apenas o efluente gerado nos imóveis. Se essa tubulação passa a
receber, por exemplo, água de chuva, ela não vai suportar a carga e acaba
extravasando, colocando em risco a saúde das pessoas e do meio ambiente”,
explica o diretor-presidente da Ambiental Ceará, André Facó.
Em
Fortaleza, somente no ano passado, mais de 45 mil desobstruções de rede foram
atendidas pela Ambiental Ceará, empresa parceira da Cagece responsável por
operar e ampliar o sistema de esgotamento da capital e de outros 23 municípios.
Na Região do Cariri, cerca de 3.500 desobstruções foram realizadas no período.
“Temos um
trabalho de monitoramento em nosso Centro de Operações Integradas (COI), que
consegue visualizar em tempo real o nível de Poços de Visita (PVs),
popularmente conhecidos como tampas de esgoto, das Estações de Tratamento de
Esgoto (ETEs) e de Estações Elevatórias de Esgoto (EEEs). Por meio dessas
ferramentas, das novas tecnologias, conseguimos identificar o aumento dos
níveis e enviar à equipe operacional mais próxima, evitando extravasamento”,
ressalta Facó.
Limpeza preventiva
Entre os meses
de agosto e dezembro, são realizadas limpezas preventivas ao longo da rede de
esgoto, concentradas, sobretudo, em áreas que possuem histórico de obstruções e
extravasamentos durante o período chuvoso. Em Fortaleza, cerca de 500
quilômetros de rede passaram por limpeza, por mês, durante o período, de onde
foram retirados lixo e areia - materiais descartados de maneira incorreta no
sistema de esgoto.
Bairros como
Jangurussu, José Walter, Conjunto Ceará; regiões próximas da orla, como Centro,
Barra do Ceará, Meireles e Vicente Pinzon;
além de áreas de polo gastronômico, como Varjota, estão entre os locais
contemplados com as ações. No Cariri, a limpeza preventiva das redes coletoras
contemplou 30 km nos municípios de Juazeiro do Norte e Barbalha. Em Juazeiro, o
trabalho foi intensificado nos bairros Pirajá, João Cabral e Lagoa Seca. Em Barbalha,
no Centro e Malvinas.
“Investimos
muito no trabalho preventivo, não apenas monitorando, mas garantindo a operação
correta da rede, em cronogramas de limpezas preventivas, para reduzir o número
de obstruções e extravasamentos em vias públicas, que podem gerar riscos à
saúde e impactos ao meio ambiente”, conclui Facó.
Quem acionar em caso de extravasamento
Nos
municípios atendidos pela Ambiental Ceará e Cagece, a população deve entrar em
contato por meio dos canais de atendimento da Companhia ao verificar
extravasamentos na rede de esgoto. Hoje, a Cagece disponibiliza o aplicativo
Cagece APP, a atendente virtual Gesse, que atende pelo site da Cagece
(www.cagece.com.br) e a central de atendimento, pelo número 0800 275 01 95, que
funciona 24h por dia.
Com informações da Ambiental Ceará
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