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Projeto aprovado na Assembleia proíbe condenados por maus-tratos a animais de atuar no serviço público estadual

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Foto: Júnior Pio/Alece

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, nesta quarta-feira (18), um projeto de lei que impede pessoas condenadas por crimes de maus-tratos contra animais de exercerem cargos, funções ou empregos públicos no Estado. A proposta, de autoria do deputado Agenor Neto (MDB), também proíbe essas pessoas de firmarem contratos ou participarem de licitações com órgãos estaduais.

Conforme o texto, a restrição vale após decisão judicial com sentença condenatória definitiva e abrange toda a estrutura da administração pública estadual, direta e indireta — incluindo secretarias, autarquias, empresas públicas, a Alece e o Judiciário estadual. A proibição, no entanto, não é permanente: perde validade cinco anos após o cumprimento da pena.

O objetivo, segundo Agenor Neto, é reforçar mecanismos de punição a quem pratica atos de crueldade contra animais e evitar que essas pessoas ocupem funções sustentadas por recursos públicos. “É inadmissível que indivíduos violentos com animais sejam premiados com cargos públicos. O Estado deve dar o exemplo”, defendeu o parlamentar.

A proposta se apoia no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) e nos parâmetros definidos pela Resolução nº 1.236/2018 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, que detalha situações consideradas maus-tratos — como abandono, agressão física, privação de alimentação, água ou assistência veterinária, entre outras práticas.

Após aprovação em plenário, o projeto segue agora para análise do governador Elmano de Freitas (PT), que decidirá pela sanção ou veto.

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